Myndru

Fichas técnicas

Myndru, nascido no sopé da Serra do Mendro

Seguia o ano de 2019 quando um dos vizinhos da Herdade Aldeia de Cima pediu aos proprietários que vindimassem as uvas de duas pequenas courelas- Cevadeira e Zorreira-, num total de 1,5 ha na zona da Cevadeira no sopé da Serra do Mendro. A vinha velha em viticultura de sequeiro era composta apenas por castas tintas tradicionais - Alfrocheiro, Tinta Grossa e Trincadeira, tratada com pouca intervenção produtiva, dando origem a uma produção muito pequena, de apenas 0.75 kg por cepa.

O solo granitoide do complexo eruptivo da Vidigueira, composto por quartzo-dioritos evoluídos, de grão médio a fino, com características muito próximas da transição dos xistos mais elevados, originando um vinho de identidade muito particular.

A origem da Cevadeira na Vidigueira e o binómio videira-tempo

Estamos numa zona de transição, com solos não argilosos, constituídos praticamente por dioritos, derivados da diversidade e da falha geológica da Serra do Mendro. É nesta área ventosa no sopé da serra, em solos pobres, menos profundos e com boa drenagem, que desde tempos muito antigos se desenvolveu uma atividade complementar à floresta, a cultura cerealífera. O nome Cevadeira surge como referência ao cultivo de cevada, uma prática secular que se manteve ao longo dos anos, ocupando um lugar central na agricultura do Alentejo e de Portugal até à década de 70 do século XX, altura em que as formas livres de condução das videiras plantadas em distintas courelas nos ensinam a obter o melhor da terra de forma orgânica: canópias tridimensionais, alegres, cheias de vida, como se estivessem sempre à procura da melhor forma de esconderem os cachos dos raios solares fustigantes de Julho. Aqui, neste lugar intocado, o binómio videira-tempo é um testemunho da ancestralidade da vinha.

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